Construindo a missão

O Salmo 122:1 diz: “Alegrei-me quando me disseram vamos a casa do Senhor.”.

Sempre admirei a construção e projeto de uma boa obra civil. Com as obras de edificação da Igreja de Deus não é diferente, devemos ter muito mais empenho carinho e dedicação, afinal é a casa de nosso Deus.

Certa manhã de sábado, cheguei a uma de nossas Igrejas do Distrito, onde já exercia meu ministério há três anos. Era para ser um culto normal. Ao iniciar a liturgia percebi que o tempo havia mudado e um forte vento começou a soprar, e, de repente, o que era apenas um vento configurou-se numa tempestade. A parede da velha Igreja de madeira começou a balançar, a chuva penetrava pelas frestas e janelas, e parecia que tudo viria abaixo. Então, pedi que os membros se aglomerassem no centro da Igreja, oramos e continuei o sermão.
Ao final daquele dia reuni a comissão e decidimos fazer uma nova Igreja, marcando então um mutirão para o dia seguinte. Na noite de sábado fiz os contatos e no domingo pela manhã quando os irmãos (homens, mulheres e jovens) chegaram, ficaram surpresos, pois não havia chance de retrocesso: demolimos a Igreja.

A esposa de um dos principais líderes foi resistente à decisão: “Onde vamos nos reunir? O senhor é louco, não há dinheiro”. Procurei acalmá-la. Havia três anos que tentava ajudá-los a entender a necessidade de construirmos uma igreja de alvenaria. A primeira igreja na localidade fora construída há 40 anos pelo avô dessa senhora, em seu sítio, e as tábuas desta igreja foram trazidas e remontadas no atual endereço. Expliquei a ela a situação crítica que se encontrava a igreja atual, mas manteve-se contrária à decisão tomada pela comissão e recusou-se a ouvir ou ajudar em qualquer assunto referente à nova Igreja.

Na segunda-feira, com um grupo de irmãos, nos dirigimos até um colégio próximo à igreja e ali conversamos com a diretora solicitando permissão para realizarmos os cultos nas dependências daquele colégio até que a Igreja fosse totalmente concluída.

Os membros ao verem o envolvimento de várias pessoas no trabalho e a disposição em buscar recursos junto à Administração do Campo, a amigos pessoais e a amigos da Igreja, envolveram-se mais ativamente, buscando recursos também. Resultado: naquele mesmo ano, a Igreja estava totalmente pronta e foi inaugurada.

Na cerimônia de dedicação do Templo, essa irmã chorava copiosamente. Terminada a inauguração, ela esperou todos saírem para me pedir perdão, por ter resistido às mudanças, por não ter nos apoiado em nada, e por ter me odiado durante todo aquele ano. Obviamente que a perdoei. Essa Igreja cresceu bastante e isso me deixa feliz por ver seus membros envolvidos em todas as áreas de trabalho da igreja. Nestes 35 anos em que atuo no ministério, pela ajuda e poder de Deus participamos ativamente da construção de 23 novas igrejas, cada uma com sua história, e, cada uma, um verdadeiro milagre.

Quando se compreende a importância das mudanças, o resultado final é muito bom; todos são beneficiados, a Igreja é avivada e a alegria de ver a casa de Deus com uma “nova roupagem” é algo que contagia.

Lembre-se sempre: as pessoas nos observam e podemos pregar pelo cuidado de nossos templos.

Ao olhar para trás só tenho a agradecer a Deus. E ao vislumbrar o futuro, creio que poderei ver uma igreja disposta a cumprir a missão.
Fé, muita oração e comunhão íntima com Deus é o que me motiva a exercer meu ministério, mantendo firme meu lema de formatura: “Em Deus faremos proezas”. Salmo 60:12

Pastor Eliasí Martins – Distrital de Campinas (São José)

Deixe seu comentário